Scroll (0%)
July 14, 2025

Build to Rent e ativos de rendimento: como investir com visão no mercado imobiliário

Perspetivas de Mercado
Imobiliário

O setor imobiliário está a evoluir para modelos mais consistentes, orientados para a geração de valor a longo prazo. Se durante décadas o paradigma dominante foi o Build to Sell - construir para vender, hoje emergem alternativas mais sustentáveis, entre as quais se destaca o Build to Rent (BtR): construir com o propósito exclusivo de arrendar.

Em Portugal, este modelo tem vindo a afirmar-se como uma das formas mais sólidas e eficazes de investimento em ativos de rendimento, impulsionado pela forte procura habitacional e pela valorização da estabilidade financeira como critério de decisão.

Embora o Build to Rent se destaque como uma estratégia em expansão, representa apenas uma das muitas formas de investir em ativos de rendimento no setor imobiliário. A rentabilidade estável e a valorização a longo prazo podem também ser alcançadas através de outros ativos, como habitação convencional para arrendamento, escritórios com contratos sólidos, espaços comerciais de proximidade ou plataformas logísticas. Nestes casos, o ativo pode não ter sido criado especificamente para arrendar, mas é adaptado ou reposicionado com esse objetivo.

É precisamente nesta capacidade de estruturar e combinar diferentes tipos de ativos com foco no rendimento que uma SGOIC acrescenta valor, através de uma gestão integrada, estratégica e ajustada ao perfil de risco de cada investidor.

O que torna o Build to Rent uma solução cada vez mais procurada?

O conceito é simples: desenvolver imóveis especificamente para arrendamento, com contratos duradouros, gestão profissionalizada e foco no rendimento previsível. Ao contrário do modelo de venda imediata, o BtR oferece uma lógica de longo prazo, ideal para investidores institucionais como fundos ou sociedades gestoras de ativos.

A crescente dificuldade de acesso à habitação, sobretudo nas grandes cidades, tem impulsionado uma procura estável por soluções de arrendamento. O modelo Build to Rent responde a esta tendência ao promover ativos desenvolvidos de raiz para serem arrendados, assegurando qualidade, eficiência e gestão profissional. Embora o segmento residencial seja o mais representativo, o BtR pode também aplicar-se a outras tipologias, como residências para estudantes, edifícios de coliving, escritórios e, até, plataformas de logística ou espaços para comércio e serviços.

Em comum, todos estes projetos partilham uma lógica de uso continuado, estabilidade de rendimento e foco na experiência do utilizador, respondendo a um perfil que valoriza o acesso em detrimento da propriedade.

Adicionalmente, o contexto macroeconómico, com taxas de juro mais voláteis e um mercado de capitais menos previsível, levou muitos investidores a procurarem ativos reais com rendimentos regulares. O BtR encaixa perfeitamente nesse perfil: um investimento com retorno estável, proteção contra a inflação e grande potencial de valorização.

Residencial, retalho, escritórios, logística: um portefólio de rendimento estruturado


O Build to Rent insere-se numa lógica mais ampla: a criação de portefólios de ativos imobiliários orientados para rendimento. Dentro dessa lógica, há diferentes tipologias com características próprias e complementares:

  • Residencial (BtR ou arrendamento clássico): excelente liquidez e ocupação, sobretudo em áreas metropolitanas com escassez de oferta qualificada.
  • Escritórios: contratos de longo prazo com empresas sólidas, valorizados por localização, acessibilidade e certificações como LEED ou WELL.
  • Retalho de proximidade: lojas com arrendatários estáveis (como supermercados, farmácias ou serviços), com fluxo constante e baixa rotação.
  • Logística: segmento em expansão, impulsionado pelo e-commerce e pela necessidade de centros de distribuição em zonas periurbanas.
Cada um destes ativos responde a diferentes perfis de risco e retorno, e todos podem ser estruturados e geridos dentro de um OIC (Organismo de Investimento Coletivo), seja na forma de um fundo (FII) ou de uma sociedade (SIC), sempre sob gestão de uma SGOIC devidamente regulada.

Como uma SGOIC potencia este tipo de investimento?


Investir em ativos de rendimento exige estrutura, conhecimento, análise rigorosa e capacidade de execução. É aqui que entra o papel de uma SGOIC, responsável por estruturar veículos de investimento, captar ativos com elevado potencial, gerir todas as dimensões do projeto (financeira, técnica, jurídica, operacional) e garantir o cumprimento de todos os requisitos legais e regulatórios. Além disso, assegura que os investimentos seguem critérios de sustentabilidade ambiental, social e de governação (ESG), cada vez mais valorizados pelos investidores.

Com uma abordagem profissional, a SGOIC permite que o investidor:

  • Aceda a oportunidades que não estariam disponíveis de forma individual;
  • Beneficie de uma gestão especializada e contínua;
  • Reduza riscos através de diversificação e avaliação técnica criteriosa;
  • Maximize o retorno ajustado ao risco com segurança e transparência.


O mercado imobiliário oferece hoje múltiplos caminhos para quem procura rendimento estável, valorização patrimonial e solidez estratégica. O Build to Rent, articulado com outros ativos de rendimento, representa uma resposta moderna e eficaz aos desafios de um mercado em transformação.

Com o suporte técnico e institucional de uma SGOIC, este tipo de investimento transforma-se numa ferramenta estruturada, ajustada a diferentes perfis e objetivos, e preparada para criar valor no longo prazo.

No items found.